O que aconteceu no Chile recentemente tem gerado grande consternação e preocupação em todo o mundo. A situação começou a se intensificar em outubro de 2019, quando um aumento no preço do metrô em Santiago desencadeou uma onda de protestos que logo se expandiu para outras cidades. Os manifestantes, principalmente jovens, denunciaram a desigualdade social e pediram reformas políticas e econômicas profundas. As manifestações se intensificaram e muitas vezes se tornaram violentas, e o governo chileno respondeu com repressão policial e toques de recolher em várias regiões do país. Os confrontos deixaram pelo menos 30 mortos e milhares de feridos. As demandas dos manifestantes incluem reformas nas áreas de saúde, educação e previdência, além de uma nova constituição que substitua a atual, que foi escrita durante a ditadura militar de Augusto Pinochet. Após muitas negociações, em 25 de outubro de 2020 foi realizado um plebiscito para decidir se os chilenos queriam ou não uma nova Constituição, e a maioria esmagadora votou a favor. Agora, os chilenos se preparam para uma nova fase na história de seu país, na qual esperam que a nova Constituição possa trazer mudanças reais e significativas nas áreas em que a população mais sofre. Ainda assim, muitos questionam se as mudanças serão suficientes para acabar com a desigualdade em um país que é um dos mais desiguais da América Latina. Apenas o futuro dirá como o Chile lidará com os desafios que o aguardam.